quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Entregue-me seu coração

Chapter 2: Ajuda
Narração: Sarah

Eu simplesmente não acreditei que ele havia dito tudo aquilo, meu mundo, de repente perdeu todo o sentido; dois minutos atrás, o motivo pelo qual eu estou viva estava sentado ao meu lado sob aquela árvore, e agora ele estava indo embora sem olhar para trás.
Eu não suportaria aquela dor. Parecia mesmo que nessa vida eu estava predestinada a sofrer. Após a aula, eu fui direto para casa, pois queria deitar em minha cama e refletir. Teria feito isso, se eu tivesse conseguido chegar em casa.
O único jeito de se chegar na minha casa, era atravessando um terreno baldio. Eu estava desesperada, não consegui conter as lágrimas, e sai correndo pelo terreno. Então eu trombei com algo que veio correndo em minha direção; era uma pessoas, mais o impacto foi suficiente para deslocar o meu ombro. Uma pessoa ? Não, não teria força suficiente para isso. Não poderia ser algo humano.
— Mil desculpas... — disse o garoto, me ajudando a levantar.
Ele era estranho, branco feito um papel, com olheiras pretas, parecia até que não dormia a meses, e seu cabelo era todo bagunçado. Mesmo assim ele era lindo... ele vestia uma camisa branca, uma calça jeans, e andava descalço.
— Eu... ãn, acabei ouvindo sua discussão com aquele garoto... sinto muito, por vocês terem terminado assim... — disse ele
Eu fiquei muda, e enxuguei as lágrimas.
— Meu nome é Guilherme... o seu é Sarah, certo ?
— É. — respondi
— Não precisa ter medo, Sarah. Eu estou aqui para te ajudar... eu prometo que cuidarei de você de hoje em diante, para que nunca mais alguém lhe faça sofrer. Venha cá, deixe-me dar um jeito nesse seu ombro machucado.
Ele se aproximou, e me abraçou. "De que jeito um abraço poderia me ajudar ?" pensei. Então, ele me deu uma mordida no ombro machucado; primeiro eu sentir o sangue escorrer, depois começou a queimar como se meu corpo estivesse em chamas. Guilherme me colocou sentada no chão, encostada em uma pedra, e então, de repente, tudo escureceu.
Eu acordei duas horas depois, e ele ainda estava do meu lado; eu me sentia diferente, como se tivesse uma força presa dentro de mim.
— O que você fez comigo, garoto ? — gritei
— Calma, calma, amor... eu te ajudei... Eu disse que te ajudaria, não disse ? — disse ele
Então resolvi levantar, e ir para a casa; me apoiei na pedra para levantar, mas quando dei impulso, a pedra se quebrou em pedaços. Eu fiquei espantada.
— O. Que. Foi. Isso ? — perguntei
— Isso é a sua nova força; — respondeu Guilherme

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